Mostrando postagens com marcador Críticas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Críticas. Mostrar todas as postagens

Bom, pra início de conversa você tem que saber algumas coisas sobre mim...

Eu sou Clayton Muniz, e tenho uma página no Facebook, chamada Tinha que Ser comigo, onde falo sobre várias coisas e gosto muito de tecnologia em geral, mas nunca, eu disse nunca, fui de ler quadrinhos, ou mangás, ou qualquer outro tipo de mídia escrita, livros etc. Na verdade para ver filmes baseados em quadrinho eu até prefiro não saber nada sobre esse ou aquele personagem, para não me decepcionar caso não chegue nem perto do que foi escrito na mídia de papel. Isso pra mim deixa o personagem meio preso e não abre espaço para novas realizações e uma nova leitura desse ou aquele personagem.

Sabendo disso eu quero te chamar pra ter a visão de uma pessoa que não conhece muito nem sobre a história e nem sobre os personagens deste novo filme da Marvel/Disney, que irá estrear no próximo mês.

Bom, chega de papo e vamos para o que interessa, o filme...

A história começa mostrando um neurocirurgião, Dr. Stephen Strange (Benedict Cumberbatch – Star Trek) que tem em sua vida, uma longa lista de várias intervenções bem sucedidas e uma preocupação enorme em ser o melhor, o mais espetacular, o cara que não tem nenhum tipo de preocupação pelo próximo, a não ser que esse próximo seja ele mesmo se olhando em um espelho (veja séries de plantão médicos do tipo Greys Anatomy e você saberá o que eu quero dizer).

Strange tem ao seu lado a talentosa e linda Christine Palmer (Rachel McAdams) como escada, seja para suas aventuras cirúrgicas e diálogos que apresentam bem a personalidade do doutorzão e também para um possível romance nunca revelado ou descrito (ou não foram nada além de "peguetes"), ou seja, já aconteceu algo mais ninguém entrega nada entre os dois.

Enfim, em seu trabalho, a arrogância e prepotência preponderante de Strange traz à tona erros clássicos de seres que se acham acima de outras pessoas e uma série de problemas após um acidente que deixa o super médico em maus lençóis. Após várias tentativas de solução, ele se vê em uma cruzada rumo ao desconhecido para resolver o que não pode ser resolvido por meios conhecidos pela ciência. E é aí que realmente começa o filme.

O doutor prepotente e sem limites, quanto à sua arrogância, tem de aprender a ser alguém melhor para poder chegar a um nível de conhecimento que levará a sua vida a um nível nunca antes por ele esperado.

A história vai se desenrolando e a ação psicodélica (sim, é isso mesmo e digo isso ao extremo, se você tem problema com cores forte e formas diferenciadas de geometria em alta escala, não veja, pois poderá ter problemas) se desenrola de forma espetacular numa mistura muito boa de “Matrix” com “A Origem” (digo isso com relação a efeitos, coreografias e som), isso tudo bem inserido dentro do enredo do filme que te faz acreditar em tudo o que está acontecendo na tela.

Após a apresentação dos personagens, que trarão uma ação muito bem definida, a história vai se desenvolvendo de forma dinâmica e com o selo da Marvel, com muitas tiradas inteligentes e quase nunca desnecessárias. Se o ritmo tendia a cair de alguma forma, a ação e o humor trazem sua mente de volta à realidade, sim isso é Marvel!


Confesso que a apresentação do vilão do filme me deixou meio preocupado que fosse algo parecido com a do filme 'Quarteto Fantástico 2' e que toda a preparação para a chegada dele se despedaçasse quando ele aparecesse finalmente, mas ainda bem que isso não aconteceu e você aceita bem toda a analogia ao juízo final que se avizinha.

Nas questões técnicas do filme, a trilha sonora não te deixa com nenhuma sensação fora do normal de um filme pipoca e não tem nenhuma parte que faça você cantarolar trechos dela em casa, por exemplo. Pra mim não grudou como outros da mesma produtora.

No quesito 3D, sincera e honestamente, não tenho feito muita questão pois, pra mim o 3D é algo pra te tirar da cadeira em cenas como o voo de algum personagem, da queda de outro, da aproximação de algum item na sua cara na tela e como meu amigo Marcos Moreira disse, o deste filme é mais para dar uma sensação de profundidade e só!

A fotografia é bem parecida com a de outros filmes da Marvel, mas o fato de ser um filme com um cunho mais em cima de imagens de locações fechadas e de uma ou outra mais ampla, a luz usada dá um brilho excelente. A luz entrega um pouco os efeitos em imagens mais abertas e abro aqui um parêntese para dizer que, embora muito boas as cenas de ação e apresentação de personagens, em alguns momentos o CGI incomoda um pouco, principalmente em imagens mais distantes onde fica nítido que aquilo que está ali, na verdade não está, mas se você não liga pra isso nem irá perceber, pois a ação que se dispõe o filme supera esses problemas.

O ritmo do filme é bom a ponto de você nem sentir o tempo passar. Quando olhar novamente o relógio o filme já vai ter acabado. O filme cumpre bem o seu papel de entreter, divertir e fazer refletir sobre algumas mensagens propostas dentro dele. Se ficasse um pouquinho mais longo estragaria com certeza essa parte!


Como eu disse no início, o fato de não saber quase nada sobre os personagens ajudará muito a você que, assim como eu, não dá a mínima para o que houve nos quadrinhos. O filme prende sua atenção e faz você literalmente pensar que tudo aquilo pode acontecer ao seu redor e você nem se dá conta, agora se você é fã de carteirinha encontrará uma série de problemas como o fato da Anciã (segundo li na internet) não fazer jus aos quadrinhos.

Quanto ao fato de uma ação de aprendizado do personagem principal no meio do filme, meio que entrega o que irá acontecer no fim. Algumas referências aos outros filmes do universo Marvel nem fariam muita diferença, a não ser mostrar que tudo que acontece ali se passa na mesma cidade onde algum tempo antes foi tudo literalmente pro saco e hoje em dia você não vê nenhum tipo de referência à desgraça que assolou a cidade, como coisas sendo reconstruídas, prédios passando por reformas e essas coisas pequenas. Talvez essas coisas não te incomode, só me incomodou pois sou chato mesmo, hehe!

Indo pro fim do filme, a ideia que resolve o problema é bem aceita, mas pensando direitinho eu ainda achei que poderia ter sido usada uma outra vertente. Mesmo assim a Marvel consegue deixar tudo bem preparado para o que virá pela frente até chegar ao gran finale dessa nova fase da Marvel nos cinemas...

E chegando até aqui digo a vocês que mais uma vez, os acertos e erros do filme com certeza não deixarão de levar muita gente ao cinema para ver este que é um dos melhores filmes de apresentação de personagem da Marvel, ganhando inclusive de todos os que já foram feitos até o momento.

Aliás, ao termino do filme, fique mais alguns instantes para as cenas pós crédito, que tanto faz uma ligação excelente com os filmes da franquia, como também apresenta a abertura para os próximos filmes do Dr. Estranho. E tome dindin no bolso da galera que entendeu como é fazer filmes de super heróis, até que a vida dentro desse círculo chamado fãs de filmes de heróis se finde um dia... que eu espero ser, ...nunca!


Nota: 3.8/5


Sem fronteiras mesmos. Seria "impossível" falar desse filme sem spoilers, mas tentarei.

Se me pedissem para falar em poucas palavras, elas seriam: "fan service total". Quem não conhece Star Trek irá conseguir entender tudo perfeitamente e pra quem conhece, e é fã, será um deleite total.

Dos pequenos detalhes até os grandes detalhes de toda trama. Com uma linguagem simplista para pessoas que não entendem termos técnicos, são poucos os diálogos que usam tais termos. Foram 2 horas de entusiasmo, humor na hora certa, drama que dá até nervoso. Confesso que cheguei a gritar - "não Enterprise, nãooooooo."


Assim como grande parte do público que não estavam de boca aberta, J.J Abrams acertou ao deixar tudo nas mãos de Justin Lin. Cada detalhe nostálgico, cada maneira de lidar com a federação, tudo muito bem conduzido. Isso sem falar no roteiro.

Assistam e tenham, se me permitem a expressão, um orgasmo cinematográfico.

Nota: 5/5



Chegou aos cinemas, no dia 18 de fevereiro, mais um filme do diretor Michael Bay, “13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi”.
O longa conta a história real do grupo de soldados que lutaram numa base secreta da CIA na Líbia, em 2012, durante o ataque a um diplomata americano. Como de costume, Bay nos entrega uma obra recheada de explosões, bandeira americana, litros de testosterona, mais explosões e clichês como o velho slow-motion entre as cenas de ação, ou a manjada foto da esposa com bebê antes do confronto final.
Apesar dos clichês, as intensas cenas de ação e de inspiradores (e reais) atos de heroísmo compensam a falta do peso dramático do filme. Talvez se Bay focasse mais na trama política, o filme fosse um pouco melhor, ou não.
O que faz você se emocionar nos momentos finais do filme, é o fato de saber que aquilo foi uma história real.

Mas eu estaria sendo injusto ao não falar das qualidades do filme: As cenas de ação. Quando a câmara não está sacudindo violentamente você pode realmente ver que Bay não é um diretor ruim. Ele sabe como criar uma sequência envolvente. Balas voam, o sangue é derramado, pedaços de corpos são arrancados. Outra vantagem é a edição de som. A qualidade do som é perfeitamente realista e faz com que a ação intensa, se torne ainda melhor. Mas eu gostaria de poder dizer que fiquei impressionado com mais coisas.
A ação pode ser excelente, mas o filme leva tanto tempo para chegar lá que torna a experiência menos intensa.
Nota Final: 2,5/5

Finalmente a espera chegou ao fim!  Posso dizer que entrei no cinema com os olhos arregalados, cheios de esperança. Parecia uma criança, como muitas pessoas ali naquela sessão. Até hoje, a trilogia original ainda permanece como alguns dos meus filmes favoritos, mas prometo (tentar) não deixar esse meu lado fã influenciar na conclusão desta crítica.

Star Wars: O Despertar da Força, é grande, é épico, é espetacular. Você consegue perceber que o filme foi feito por verdadeiros fãs da saga.

JJ Abrams conseguiu reacender a franquia Star Trek, com dois ótimos filmes, por isso, quando lhe foi dada a tarefa de dirigir o novo Star Wars, muitos confiaram, alguns estavam céticos, mas ainda assim animados. A principal questão era: Ele vai conseguir? Sim, ele conseguiu e muito bem! O que eu estava assistindo foi emocionante.

Vamos olhar mais para o filme (não se preocupe, não haverá spoilers). Em primeiro lugar, a abertura - com o texto clássico - assim como o uso de efeitos práticos e fantoches/robôs(como os utilizados na triogia clássica), alinhados ao uso extensivo de CGI , da aos fãs o melhor estilo da velha escola de Star Wars. O filme tem cenas de ação impressionantes e espetaculares, mas nada apressado. As cenas permanecem em ritmo acelerado e a câmera se move graciosamente, nos dando um espetáculo visual.

Os novos personagens são muito simpáticos, principalmente Rey e Finn. A dupla funcionou muito bem. Harrison Ford está fantástico como sempre e o que falar do pequeno BB-8? Este pequeno andróide roubou a cena(várias cenas), mas sem estragar o andamento do filme e sem atrapalhar os personagens principais.  Os vilões são muito bons. Foram colocadas algumas reviravoltas sobre eles que eram, digamos, interessantes. Mas algumas atitudes do vilão Kylo Ren, acho que poderiam ser evitadas mantendo ainda mais um mistério sobre o personagem.

Aaahh essa sequência..
O filme faz muitas homenagens a trilogia original(principalmente ao episódio IV) e é aí que mora o problema. Não vou dizer muito para não entregar nada do filme (lembra, sem spoilers), mas em muitos momentos, parece que você está assistindo um remake do filme de 1977.

Outra questão é que se passaram 30 anos e um monte de coisas aconteceu nesse período, mas o filme não nos revelou muito sobre esses 30 anos. O fato da Primeira Ordem substituir o Império, por exemplo,  não foi explicado. Possivelmente os próximos filmes expliquem(ou não) as perguntas que ficaram sem respostas em "O Despertar da Força".  Mas, nada que atrapalhe a diversão.


Um filme que apresenta um sentimento de nostalgia sem fim, com participações de Leia (Carrie Fisher), C3PO  e até mesmo Peter Mayhew como Chewbacca. Você fica com um nó na garganta e com  muita adrenalina na última hora do filme. Eu tive esse sentimento, sentado na minha poltrona com o coração batendo rápido.

No fim posso dizer que, com muitas referências à trilogia original, Star Wars: O Despertar da Força é uma ópera espacial que atua como nada mais do que um pedaço enorme da magia do cinema!

Nota: 4,5/5

PS: E sobre Luke Skywalker e R2D2?  Simplesmente assista o filme.


Quando "Jurassic World" foi anunciado, assim como muitos fãs da franquia, eu torci o nariz.  "Não pode mais sair algo bom de Jurassic Park", pensei, "Só o primeiro vale a pena", pensei novamente.

O filme original de 1993 é uma aventura tão independente, tão perfeita, aventura, suspense e humor caminhando juntos, guiados de uma forma magnífica por Steven Spielberg. Uma sequência digna, seria um desafio que o próprio Spielberg não conseguiu igualar em "Jurassic Park-O Mundo Perdido."

Quando saiu o primeiro trailer, tudo mudou. "O parque vai abrir!!" , pensei, e logo lembrei que ele nunca chegou a abrir para o público. Minha expectativa subiu e aí veio o medo do monstro da expectativa atrapalhar a experiência.

Mas, em um período onde remakes, reboots e spin-offs reinam em Hollywood, assim como Mad Max:Fury Road, posso dizer que Jurassic World é uma grata surpresa.

Situado na mesma Ilha Nublar do primeiro filme só que nos dias de hoje, ‘Jurassic World‘ é que agora é um parque de dinossauros real em funcionamento, como previsto por John Hammond no primeiro filme. Para continuar atraindo a atenção do público, a equipe de geneticistas liderada pelo Dr. Henry Wu (B.D. Wong) resolve criar o primeiro dinossauro híbrido que mistura os DNAs de outros dinossauros: a fêmea, Indominus Rex.


A história da Indominus Rex à solta, é certamente aceitável, apesar de não ter o mesmo impacto que o filme inicial. 

Este novo filme trabalha duro para conectar-se com o seu progenitor, falando muito sobre o visionário cientista Dr. John Hammond, trazendo de volta os Velociraptors com mais destaque, e incluindo ainda uma camisa com a logo antiga do parque(comprada no E-bay). 

Uma frase dita pela Drª Claire(Bryce Dallas Howard) logo no início do filme, explicando que os dinossauros não são uma novidade(como antes), que as pessoas vão ao parque como se estivessem indo ao zoológico e que precisam de algo novo, remete claramente ao desafio do estúdio de produzir um novo 'Jurassic Park'. 

Mas o filme consegue. Jurassic World é um blockbuster moderno, com uma escala de acontecimentos muito maior que traz a franquia para o século 21 com grandes emoções e muita diversão. Mas além de cenas emocionantes e muita tensão, o filme é nostálgico ao fazer referências ao primeiro. E nós realmente vemos os pontos turísticos da ilha em muito mais detalhes, algo que é absolutamente brilhante. Um verdadeiro passeio pelo "Park".

Apesar de ser um filme família, o filme se sai bem nos momentos de susto, com algumas cenas realmente chocantes(mesmo sem muito sangue). Bryce Dallas Howard está ótima como a Drª Claire, a gerente de operações do parque. Chris Pratt também está bem, com alguns momentos cômicos(principalmente com a Drª Claire) e cenas de ação. Mas ele não é o grande herói do filme, ele é o cara que está ali pra ajudar. 

Um dos pontos fracos do filme são alguns personagens ruins, na verdade rasos, momentos desnecessários (como uma crise de um casal, que em nada acrescenta ao enredo do filme), e alguns clichês básicos, mas nada que atrapalhe a experiência. 

Mas o grande destaque é o desfecho do filme. Um final simplesmente espetacular(de tirar o fôlego) onde o cinema entrou em delírio(com direito a aplausos). No geral "Jurassic World" é um filme divertido, com muita ação e suspense. Vai agradar a nova geração e os fãs da franquia Jurassic Park não vão se decepcionar. Esse filme poderia muito bem encerrar a franquia. Há uma brecha para uma possível sequência, mas espero que pare por aqui, com chave de ouro(o que acho muito difícil). 

Nota Final: 4,5 / 5 
Com o sucesso de 'Vingadores'(2012) ficou óbvio o desafio quase impossível que a Marvel e Disney teriam pela frente: Superar um dos maiores filmes de super-heróis de todos os tempos, e ainda deixar uma base para a próxima fase de filmes da Casa das Idéias.

A cada pesquisa feita pelo mundo a fora, Era de Ultron assume o topo das listas como o blockbuster mais aguardado do ano. E isso é uma coisa boa? Bem, sim e não.

A última vez que um diretor se viu em uma situação semelhante com a Marvel foi Jon Favreau em "Homem de Ferro 2"(2010), e o diretor não conseguiu repetir o feito do ótimo "Homem de Ferro"(2008).

Vingadores:Era de Ultron começa eletrizante, já com muita ação onde nossos heróis tem a missão de recuperar o Cetro de Loki que está nas mãos da Hydra. O filme não precisa apresentar os personagens, pois já foram estabelecidos no primeiro filme e em seus filmes solos.  Neste início explosivo temos um plano sequência dos heróis em ação onde você tem a sensação de não estar vendo algo real, lembra um jogo de video game bem produzido, mas somente nessa cena, nada que atrapalhe o filme.

Eu vou dizer que as coisas que funcionam melhor para mim neste filme são os momentos humanos. Se o primeiro filme 'Avengers' foi sobre a construção da equipe, este é sobre desmoronar a equipe.


Tony está preocupado com a criação de robôs que possam fazer o trabalho do Homem de Ferro sem o homem dentro. O problema é que nenhum dos robôs são verdadeiramente capazes de pensamento ou julgamento, de modo que não pode ser a solução permanente que Tony está procurando. Com a ajuda de Bruce Banner, ele criou um robô de manutenção da paz, Ultron. Inconvenientemente, a máquina determinou para si mesmo que o único caminho para a humanidade sobreviver é ela ser aniquilada e, assim, a oportunidade de evoluir.

James Spader, empresta sua voz a Ultron. O ator é simplesmente magistral na interpretação do vilão, dando a máquina uma mistura perturbadora de frieza e crueldade.

Há uma tonelada de material em "Era de Ultron" para os fãs de cada um dos personagens desfrutar, desde os heróis aos vilões, as brincadeiras espirituosas (aqui todos tem seus momentos cômicos, até mesmo Ultron) e interação dos personagens. O roteirista e diretor Joss Whedon mostrou que sabe lidar com um grande numero de personagens na tela. Nisso ele trabalhou melhor que o primeiro filme onde Tony Stark e Capitão América tiveram um pouco mais de destaque que o resto do grupo, mas aqui Whedon conseguiu dar a mesma importância em tela para todos eles, inclusive o Gavião Arqueiro. Até mesmo o Visão(Paul Bethany simplesmente perfeito) quando entra em cena recebe o espaço merecido no filme, protagonizando ainda a cena mais hilária do filme(tão quanto a do Hulk com Loki no primeiro filme).


Um dos pontos altos do filme são os atos heróicos, momentos em que os heróis se desdobram para salvar civis. Senti falta disso no primeiro filme, e aqui temos de sobra. Heróis sendo heróis.

Há um destino de um personagem em particular, que deve inspirar um debate animado por um tempo, e que pode ser divertido.

Mas em Era de Ultron as cenas de ação podem ser desgastantes, elas não emocionam como no primeiro filme. Ao final fica clara a intenção de ser tão explosivo quanto o primeiro filme o que pode forçar os próximos filmes da Marvel adotarem uma “escala maior” para seus finais, o que pode prejudicar a história.

Se o final não tem a recompensa emocional do primeiro filme, isso é também porque Whedon tinha uma tarefa quase impossível,mas é inevitável que aqueles que procuram as mesmas emoções simples como o seu antecessor vai sair do cinema um pouco decepcionado.


Não se engane... "Vingadores: Era de Ultron" é ao mesmo tempo um melhor filme e uma sequência melhor do que "Homem de Ferro 2" foi para seu antecessor, mas eu acho que é claro neste ponto que, enquanto Marvel continua a construir um grande universo cinematográfico, existem certos obstáculos que eles vão continuar a enfrentar com os filmes.

Por mais que eu admire Whedon, estou feliz que Joe e Anthony Russo, que foram responsáveis pelo melhor filme da Marvel até o momento(Capitão América:O Soldado Invernal) irão assumir as próximas duas sequências dos Vingadores (Guerra Infinita parte 1 e 2), e estou ansioso para ver o que eles irão fazer. Em "Capitão América: Soldado Invernal" eles mostraram como fazer uma sequência de um filme baseado em histórias em quadrinhos.

Nota Final: 4/5


Lembro quando a Marvel anunciou Guardiões da Galáxia e a minha reação inicial foi:
"O que diabos Guardiões da Galáxia está fazendo nos planos da Marvel?"   
Eu conhecia pouco do material original e fiquei perplexo. Confesso que fiquei com os dois pés atrás, não levei fé que daria certo.

Mas quando foi divulgado o primeiro trailer do filme, tudo mudou. Era tão diferente de tudo que a Marvel já tinha feito antes que eu imediatamente me apaixonei e não podia esperar para ver. Mas no fundo me questionava: Poderia esta pequena brincadeira sci-fi bizarra(sério, tem um Guaxinim cara!!) com um elenco de personagens desconhecidos realmente funcionar?  A resposta é um sonoro "SIM". Guardiões da Galáxia não é apenas um filme bem feito baseado em quadrinhos , mas sim um filme excepcionalmente bem feito.

O aventureiro Peter Quill(Chris Pratt) rouba uma esfera pertencente ao poderoso vilão Ronan, e passa a ser procurado por vários caçadores de recompensas. Para escapar ao perigo, ele une forças com quatro personagens fora do sistema: Groot(Vin Diesel), Gamora (Zoe Saldana), Rocket Racoon (Bradley Cooper) e Drax, o Destruidor (Dave Bautista). Mas Quill descobre que a esfera roubada possui um poder capaz de mudar os rumos do universo, e logo o grupo deverá proteger o objeto para salvar o futuro da galáxia.


Se você acha que a Marvel trabalhou bem os personagens principais em "Os Vingadores", espere até ver "Guardiões da Galáxia". TODOS os cinco estão em destaque, TODOS são igualmente importantes, TODOS tem  momentos de emoção. Méritos para James Gunn, este filme não teria sido tão bom com outra pessoa no comando. Guardiões possui divertimento ininterrupto, onde até nos momentos de ação e tensão consegue arrancar risadas, ao mesmo tempo que surgem alguns momentos surpreendentes de emoção de seu grupo desorganizado de anti-heróis.

O elenco está muito bem sincronizado. Vin Diesel consegue com apenas três palavras conquistar toda a platéia. Mas posso falar que minha surpresa foi Davi Bautista como Drax,o destruidor. O ex-lutador de MMA mostrou muito talento na atuação do personagem. Os efeitos especiais estão ótimos, o nível técnico, é surpreendente.  Mas um dos principais destaques ficam com a trilha sonora, embalando as sequências do filme. Com músicas como "Hooked on a Feeling", "I Want You Back" entre outras famosas, não tem como o público não querer cantar (e dançar) junto.

Enfim, Guardiões da Galáxia é inteligente, engraçado e muito maravilhoso em seus próprios méritos. Este é o tipo de filme que faz você implorar pela sequência. Guardiões da Galáxia é um verdadeiro presente para os amantes de sci-fi/cinema/quadrinhos e diversão, principalmente diversão.

Nota Final: 4,5/5

PS.: Aguarde a cena pós-crédito. É ao mesmo tempo uma cena inútil,mas que você pensa:"Eu não acredito que vão fazer isso!! Que demais!!!"



(Esse texto foi o vencedor do Concurso Cultural do Adoro Cinema, sobre o filme: Planeta dos Macacos: O Confronto)

Entre medíocres (e em alguns casos:  abismais) remakes e reboots de clássicos da ficção científica, 'Rise of the Planet of the Apes"(Planetas dos Macacos:A Origem) foi um filme raro que se destacou. Pode se dizer que é um filme com cérebro e coração. Além de uma abordagem original para um material bem conhecido, o filme tem grandes efeitos visuais. Dito isto, 'A Origem'  praticamente perde a cor em comparação a sequência dirigida por Matt Reeves, 'Dawn of the Planet of the Apes'(Planeta dos Macacos:O Confronto). Posso dizer sem medo de errar: o filme é uma obra-prima da Ficção Científica.

A ousadia de "O Confronto", é não ser como os blockbusters dos dias atuais, onde o que importa é a ação desenfreada. Ele volta ao estilo do filme original de 1969(que pelo pouco recurso da época focou no roteiro), onde a história contada é tão importante quanto a ação.

Dez anos após os acontecimentos do primeiro filme, a raça humana está ameaçada. Uma doença, dizimou grande parte da população mundial. Sem energia elétrica, um grupo de sobreviventes liderados por Malcolm (Jason Clarke) precisará entrar na floresta dos chimpanzés para negociar com César (Andy Serkis) para tentar reativar uma usina localizada no território dos primatas.

Embora este filme envolva o início de uma guerra entre humanos e macacos, esta guerra poderia representar qualquer guerra entre dois clãs ou facções, com a diferença de ser ideológica, cultural ou ate mesmo pela cor de sua pele.

Um pouco mais lento que "A Origem" o filme mergulha no coração de questões que tem nos atormentado há séculos: Por que lutar uns contra os outros? Por que sair do nosso caminho para matar uns aos outros? Como estamos respeitando esse espaço territorial? Como é que as nossas ações dão origem a conflitos e nos levam a enfrentar nossos vizinhos? Nossa crise existencial parece ter nos consumido tanto que estamos sempre devastados pela guerra, sempre em conflito. "O Confronto" é um vislumbre do monstro dentro de nós mesmos. Um espelho para nossas ações no passado e no presente.


Com um ótimo roteiro, "O Confronto" enfeitiça do começo ao fim, desde a sua abertura, cheio de angústia ao seu espetacular clímax, cheio de ação.  Eu sou normalmente muito crítico em relação ao uso exagerado do CGI, mas o nível de habilidade exibida aqui, simplesmente tem que ser admirado. O CGI é absolutamente fenomenal, há cenas que são quase inteiramente em CGI(como os macacos caçando veados para alimentar a comunidade), mas tudo parece incrivelmente real e vivo. O design de produção dos diferentes ambientes também é  excepcional, outra coisa que separa a sequência do original de 2011, que foi menos fantástico.

O trabalho de Reeves e seu exército de artistas de efeitos visuais é excepcional, tanto em termos de realismo dos macacos e quanto do que é visto em todas as cenas. Mas o que é mais importante, não é apenas a qualidade dos próprios efeitos visuais, mas como efetivamente eles são usados ​​para contar a história de "O Confronto".

É bem claro desde o início que os macacos são os verdadeiros astros do filme, enquanto que os seres humanos são como antagonistas casuais. Os personagens humanos, interpretado por Jason Clarke, Gary Oldman, Kodi Smit-McPhee, Keri Russell e Kirk Acevedo, não acrescentam muito. Quando o foco do filme muda para o campo humano, é difícil manter o máximo interesse.

O desempenho surpreendente de Andy Serkis como César é de se questionar quando ele vai ganhar o merecido Oscar?


Essa nova franquia do "Planeta dos Macacos" tem potencial para se tornar uma daquelas trilogias raras como "O Senhor dos Anéis" ou a trilogia original "Star Wars". Espero que o terceiro filme possa reviver o título de "Battle for the Planet of the Apes"  porque isso é realmente o único rumo que a história pode ir a partir daqui.

Um sucessor, brilhantemente realizado para um reboot sólido da franquia. "Dawn of the Planet of the Apes" mostra o que pode ser feito quando um diretor talentoso, com um roteiro e elenco forte, cria um blockbuster de verão que não sente a necessidade de apelar para atingir o sucesso.

Ao escrever a resenha de "Transformers:A Era da Extinção" questionei: Será que a 'era da extinção' do título se refere a falta de bons roteiros e originalidade que paira Hollywood nos últimos anos?

"Planeta dos Macacos: O Confronto" me mostrou que não.

Nota Final: 4,5/5