O Amor no Divã | Crítica

Depois de um certo tempo sem escrever críticas aqui no site (me dedicando mais ao Podcast), estou de volta para falar sobre esta nova comédia romântica do cinema nacional 'O Amor no Divã'. Estrelado por Zezé Polessa, Daniel Dantas, Fernanda Paes Leme e Paulo Vilhena, o filme marca a estréia (no cinema) de Alexandre Reinecke, um conceituado diretor de teatro que dirigiu, entre outras peças, Sua Excelência, o Candidato, Os 39 Degraus e Toc Toc.

No longa, Malka Stein (Zezé Polessa) é uma renomada psicóloga e terapeuta especializada em realizar terapias de casal e guiar casamentos para um lugar melhor. No entanto, após trinta anos do seu próprio casamento e com a chegada de um novo casal ao seu consultório, Malka começa a perceber que ela mesma pode estar precisando de uma terapia de casal.

Com roteiro de Juliana Rosenthal, 'O Amor no Divã' é uma comédia romântica comum, que mescla o humor das comédias nacionais com as comédias românticas americanas. O filme consegue se aproximar da rotina de um casal normal, mas sempre apresentando com bom humor para o público. Ainda mais quando enfoca as discussões entre os cônjuges e os motivos pelos quais elas surgem. Difícil não lembrar de “Separados pelo casamento” nesse sentido.

O filme não consegue fugir dos clichês recorrentes nas comédias românticas, mas mesmo assim consegue tirar boas risadas. Reinecke conseguiu dar um bom ritmo ao longa, o que ajuda bastante na espontaneidade dos protagonistas.


Das atuações posso falar que Zezé Polessa se destaca bem, mas senti que suas falas tinham muitas piadas prontas, sabe... não sei explicar... é como se você visse a piada vindo lá na esquina. Porém, a experiente atriz sabe fazer os momentos de humor soarem naturalmente. Daniel Dantas, como posso dizer? É o Daniel Dantas. Ele está ali como o mesmo personagem que está habituado a fazer, o corôa certinho, comportado e de fala mansa. Fernanda Paes Leme também está bem no filme, tendo uma boa química com Paulo Vilhena. Esse eu quero destacar aqui. Confesso que não sou muito fã do trabalho dele como ator. O único trabalho dele que lembro de primeira é da dublagem na animação 'O Espanta Tubarões', onde ele dublou(muito bem) o protagonista Oscar, 'Ós' para os mais íntimos. Porém, confesso que me surpreendi com o Paulo no filme, na verdade ele carrega o filme nas costas. TODOS os momentos mais engraçados do filme, foram protagonizados por ele. Observe bem, eu disse os MAIS engraçados. Teve outros momentos divertidos protagonizados pelos ouros atores, mas os do Vilhena foram de longe os mais divertidos.

Sobre toda a história do filme, achei que poderiam ter se aprofundado mais nos dilemas que a maioria dos casais passam. Eles estão lá, mas não de forma mais intensa. Mas, se trata de uma comédia romântica, portanto não há a necessidade ou obrigação de ser um filme de auto-ajuda. Não espere isso.

Por fim, o final poderia ter sido um pouco melhor, mas caímos no velho clichê de sempre. Apesar disso, O Amor no Divã é um filme divertido e que deixa várias reflexões sobre a terapia de casal, do que vale a pena mudar, aceitar, preservar, relevar, continuar ou abandonar.

Nota: 3/5

PS.: As músicas que Zeca Baleiro compôs  especialmente para o filme são ótimas. Lembram muito as músicas de Toy Story e Vida de Inseto.

A estréia nacional de 'O Amor no Divã' é dia 8 de dezembro. Confiram o trailer abaixo.

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