O Leigo viu: Jack Reacher - Sem Retorno | Crítica


Fala meu povo, mesmo eu achando que não voltaria aqui, parece que alguém está querendo me deixar fixo no site, né William? E então surgiu a ideia de fazer críticas com o olhar de alguém que não é crítico de cinema e tão pouco entendedor das firulas da sétima arte...

Então, dessa vez participei da cabine de imprensa do filme 'Jack Reacher – Sem Retorno', da Paramount, filme baseado no livro de Lee Child (que à propósito ganhei ao assinar minha folha de presença), que vendeu mais de cem milhões de cópias em todo o mundo, e que tem o já cinquentão Tom Cruise como ator principal dessa trama com uma ideologia no mundo da espionagem, mas com uma pegada mais séria e longe de parecer um Missão Impossível da vida. É também o segundo filme da franquia que teve seu início em 2012 com o filme Jack Reacher – O Último Tiro, e que trouxe para as telas a linguagem bem definida do escritor citado lá em cima.

Pois bem, antes de falar do filme eu tenho que explicar uma coisinha, eu não leio livros. Já li muito, mas hoje em dia não tenho tido muita paciência e sei que isso é um péssimo hábito, que sinceramente verei se mudo em breve. E quando vi o trailer deste filme em questão eu recebi uma dica do amigo Marcos Moreira, do site Sabre na Nós, para ler os livros da série, pois segundo ele eu me interessaria muito e gostaria de todos. E o que eu fiz??? NADA!!!! Não li nenhum livro e ao invés disso fui ver o primeiro filme da série e acabei lembrando que eu já tinha visto grande parte dele e é aí que começa o problema.

Ao ver, ou rever o filme de 2012, eu vi uma história intrigante, que prende a atenção e traz reflexões de como o filme vai se desenvolver, com reviravoltas e mudanças de linha de pensamento que conforme vai se desenrolando, vai te deixando com vontade de ver até o fim pra saber o que acontece. A diferença entre o primeiro e o segundo é que o ritmo do segundo filme cai vertiginosamente a ponto de me fazer olhar para o relógio várias vezes durante o meado da película.
“Ah Clayton, pra quem não é crítico você tá chato pra caramba hein?!?!” Não diria chato, talvez o meu erro foi ver o primeiro tão em cima do segundo e acabar com a sensação de que estragaram o filme com coisas que não deveriam estar ali.

A trama começa bem, com o mesmo tipo de mistério do primeiro filme, mesmo tipo e não o mesmo mistério, pois aqui Jack Reacher (Tom Cruise) entra em contato com uma major chamada Susan Turner (Cobie Smulders – Vingadores e How I met your Mother) e começa a se engraçar com ela e até recebe ajuda dela para resolver um probleminha no início do filme, então depois de muita conversa por telefone ele decide encontra-la pessoalmente para sei lá o que...ah vá, vocês entendem dos paranauês né. Pois bem, a base onde ela fica é na verdade a antiga base onde Reacher serviu o seu país e ao chegar lá fica sabendo que a Major agora está presa com uma acusação de espionagem nas costas. E agora?? Dou as costas e vou meter o pé pois não tenho nada com isso??? Nãaaaaaaaaao, eu sou Jack Reacher e odeio injustiça, vou ajudar a moça ora bolas... é claro!

A trama começa a se desenrolar depois que ele percebe que ela foi colocada em apuros por investigar atitudes suspeitas do exército americano no Afeganistão, onde dois de seus amigos/investigadores foram assassinados a sangue frio quando tentavam alertá-la sobre tais atitudes que provavelmente deixariam alguns poderosos em maus lençóis, caso fossem descobertos... e a situação piora muito quando Reacher entra no circuito e começa a ser seguido de perto por uma parte obscura de ex-soldados americanos que hoje estão operando à margem do governo e ele, agora junto com a Major Susan, vira alvo da fúria desses mercenários sem escrúpulos... bom enredo não? Eu também achei mais aí..........aí........merrrrmão, a situação se degringola... porque? Porque Jack Reacher agora tem um calcanhar de Aquiles e que pode complicar muito a sua situação, pois uma menina de 15 ou 16 anos, Samantha Dayton (Danika Yarosh – Shameless), no momento não lembro muito bem, aparece tentando reconhecer uma possível paternidade e traz à tona sentimentos que o nosso herói não sabia que tinha em seu coraçãozinho. Sabe o que é pior? É que o famoso e destemido ex-militar começa a ter sentimentos de pai para com a menina e a gente começa a ter o tal sentimento de... “ih já vi isso antes...” e é aí que eu quero reclamar do filme!

Entramos na parte mais maçante e chega a ser chata do filme, momentos em que olhando ao meu redor, somente os fãs dos livros estavam se divertindo de alguma forma, pois eu não. 

Eles (e quando digo eles, ponho todos no mesmo saco, o escritor e os produtores do filme bem como a sua direção) não conseguiram passar e real ideia de como seria um cara irreal, acordar para a realidade de ser humano, e enfim perceber que o andarilho sem caminho, pode hoje ter que se apegar a algo tão distante como ter responsabilidades com um filho ou filha, que é o caso aqui! E é pra mim aqui o maior erro do filme, tentar humanizar um personagem sem espaço para isso, ainda mais com a atuação de Tom Cruise no primeiro filme, claramente tentando separar sua vida do herói de missão Impossível e ele realmente consegue isso, aí vem o escritor e insere a tentativa de frear o personagem com conflitos que para o filme só tem uma justificativa, tentar dar um final com mais certeza de ação, pois o meio do filme quase cagou completamente toda história!

Entramos em um período que como eu já disse, chega a dar um pouco de sono pois o clima de tensão do tipo: “Ei não vacila não, se não a gente morre!”, vai se esvaindo e se transformando numa DR bem chatinha em que o nosso herói fica à mercê de duas mulheres, uma, super-feminista e a outra super mimada e em alguns momentos burra mesmo, que não consegue entender a gravidade de tudo aquilo que está rolando ao seu redor, mais demora...........demora a perceber que a qualquer momento vai dar “M” se ela não mudar de atitude, mais até isso acontecer, a gente passa pelo maior momento de turbulência do filme, a afirmação do laço de amizade dos três personagens, se fechando pra ganhar o jogo, pois se fosse comigo vou te contar uma coisa... duvido que ia ficar dando os moles que esse povo dá.

No último momento do filme acontece aquele tipo de enredo que se você for bem espertinho, vai perceber de longe o que está prestes a acontecer e nem mesmo o fim dos personagens te deixa com emoções a ponto de fazer você querer ver novamente o filme ou ficar feliz com o fim dele, a ponto de lembrar que esse filme pode ser completamente esquecível daqui a alguns dias... isso mesmo, sou mais o primeiro, de longe, e espero que eles entendam isso logo e parem de tentar mudar o que deu mais certo no primeiro. 

Infelizmente se você esperava palmas e fogos, lamento é apenas mais um filme descartável, e olha que fui com a mente aberta e nem quis ler o livro pra não mudar minha atitude com relação ao filme, sabe, daqueles que leem o livro e todo o resto vira estrume? Pois é, nem assim meus queridos, nem assim!!!!

Nota do filme 2,2 / 5

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