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Por Diogo Simões

Fences, título original de 'Um Limite Entre Nós' (que estréia 2 de março nos cinemas brasileiros), é um filme indicado a 4 Oscar, baseado em uma peça ganhadora de um Pulitzer e um Tony, cujo título original (Cercas) ressoa com muito mais verdade a respeito das vidas de seus amargurados personagens do que a escolha nacional pretende sugerir.

Como uma obra escrita originalmente para o teatro, Um Limite entre Nós é um filme cujo ritmo e força dependem exclusivamente de seus intérpretes para alcançar o efeito de nos envolver. E as duas interpretações centrais são impecáveis nesse sentido, nos fazendo se importar e sofrer com as decisões e perdas que os personagens inevitavelmente irão sofrer e se infringirem.
Denzel Washington entrega um Troy Maxson complexo, que a princípio desperta antipatia, mas que ao se conhecer o passado do sujeito (em um momento de raríssima fragilidade do personagem), nos espantamos como a seu modo e dentro de sua lógica ainda tenha conseguido ser um bom marido e pai. Seu arco é descrito de forma tão natural e bem desenvolvida que a impressão é que já conhecemos Troy por muitos anos e julgamos plenamente racional seu amargor e postura cética a respeito da vida e do establishment opressor, Denzel nos apresenta esse sujeito fragmentado, cuja vida parece se dividir assim como os filmes em 3 atos distintos, um início de vida sofrido e dedicado a delinquência, um meio obediente e dedicado a família e o ponto em que o encontramos quando se dedica a auto-indulgência, plenamente justificada sob seu ponto de vista, mas indubitavelmente uma fuga de sua “cerca” onde possa experimentar breves sopros de vida.

Mas se Troy é claramente o protagonista desta história é a atuação de Viola Davis através da sensível e amorosa Rose Maxson que percebemos o centro emocional do filme. E que personagem!. Se o exercício de empatia que realizamos com Troy e seus sonhos fustigados, massacrados pela cor de sua pele nos desperta simpatia é através de Rose que podemos realmente entender o sentido de uma vida de frustrações, tal qual na sequência que deve lhe valer o Oscar, quando explode e vocaliza uma vida de perdas, anulamentos, submissões e infelizes contentamentos. Rose além de negra é uma mulher. E se Troy em determinado momento egoistamente decide “encher-se de risos da cabeça as pés” é Rose com sua imensa sensibilidade que terá de arcar com as consequências de sua impulsividade. Dentro de sua “cerca”.

Com 2 horas e 19 minutos, praticamente de diálogos, mesmo as conversas mais despretensiosas formarão rimas e complementarão a narrativa em momentos futuros do longa, revelando a beleza e polimento do roteiro escrito por August Wilson e se a direção de Denzel Washington é tão natural vale o fato de já tê-la feito (no teatro) mais de uma centena de vezes. Cenários e figurinos delicadamente construídos para dar credibilidade ao universo criado, mesas e sofás com capas plásticas (afinal se teve que fazer negocio com o Diabo para obtê-los é bom que dure), portas lascadas, paredes descascadas, vidraças quebradas, tudo que ressoe real no dia a dia daquelas pessoas sobrevivendo de pagamento em pagamento. As roupas demonstram a dignidade e austeridade daqueles indivíduos, facilitando nossa imersão dentro daquele microcosmo.

Um Limite entre Nós, lida com limites que seus personagens se auto-impõem e também aqueles aos quais são impostos, mas as “Cercas” dos quais decidem deliberadamente fugir ou se prenderem é que inevitavelmente irão definir a história de suas vidas.

Nota: ★★★


Depois de um certo tempo sem escrever críticas aqui no site (me dedicando mais ao Podcast), estou de volta para falar sobre esta nova comédia romântica do cinema nacional 'O Amor no Divã'. Estrelado por Zezé Polessa, Daniel Dantas, Fernanda Paes Leme e Paulo Vilhena, o filme marca a estréia (no cinema) de Alexandre Reinecke, um conceituado diretor de teatro que dirigiu, entre outras peças, Sua Excelência, o Candidato, Os 39 Degraus e Toc Toc.

No longa, Malka Stein (Zezé Polessa) é uma renomada psicóloga e terapeuta especializada em realizar terapias de casal e guiar casamentos para um lugar melhor. No entanto, após trinta anos do seu próprio casamento e com a chegada de um novo casal ao seu consultório, Malka começa a perceber que ela mesma pode estar precisando de uma terapia de casal.

Com roteiro de Juliana Rosenthal, 'O Amor no Divã' é uma comédia romântica comum, que mescla o humor das comédias nacionais com as comédias românticas americanas. O filme consegue se aproximar da rotina de um casal normal, mas sempre apresentando com bom humor para o público. Ainda mais quando enfoca as discussões entre os cônjuges e os motivos pelos quais elas surgem. Difícil não lembrar de “Separados pelo casamento” nesse sentido.

O filme não consegue fugir dos clichês recorrentes nas comédias românticas, mas mesmo assim consegue tirar boas risadas. Reinecke conseguiu dar um bom ritmo ao longa, o que ajuda bastante na espontaneidade dos protagonistas.


Das atuações posso falar que Zezé Polessa se destaca bem, mas senti que suas falas tinham muitas piadas prontas, sabe... não sei explicar... é como se você visse a piada vindo lá na esquina. Porém, a experiente atriz sabe fazer os momentos de humor soarem naturalmente. Daniel Dantas, como posso dizer? É o Daniel Dantas. Ele está ali como o mesmo personagem que está habituado a fazer, o corôa certinho, comportado e de fala mansa. Fernanda Paes Leme também está bem no filme, tendo uma boa química com Paulo Vilhena. Esse eu quero destacar aqui. Confesso que não sou muito fã do trabalho dele como ator. O único trabalho dele que lembro de primeira é da dublagem na animação 'O Espanta Tubarões', onde ele dublou(muito bem) o protagonista Oscar, 'Ós' para os mais íntimos. Porém, confesso que me surpreendi com o Paulo no filme, na verdade ele carrega o filme nas costas. TODOS os momentos mais engraçados do filme, foram protagonizados por ele. Observe bem, eu disse os MAIS engraçados. Teve outros momentos divertidos protagonizados pelos ouros atores, mas os do Vilhena foram de longe os mais divertidos.

Sobre toda a história do filme, achei que poderiam ter se aprofundado mais nos dilemas que a maioria dos casais passam. Eles estão lá, mas não de forma mais intensa. Mas, se trata de uma comédia romântica, portanto não há a necessidade ou obrigação de ser um filme de auto-ajuda. Não espere isso.

Por fim, o final poderia ter sido um pouco melhor, mas caímos no velho clichê de sempre. Apesar disso, O Amor no Divã é um filme divertido e que deixa várias reflexões sobre a terapia de casal, do que vale a pena mudar, aceitar, preservar, relevar, continuar ou abandonar.

Nota: 3/5

PS.: As músicas que Zeca Baleiro compôs  especialmente para o filme são ótimas. Lembram muito as músicas de Toy Story e Vida de Inseto.

A estréia nacional de 'O Amor no Divã' é dia 8 de dezembro. Confiram o trailer abaixo.


Fala meu povo, mesmo eu achando que não voltaria aqui, parece que alguém está querendo me deixar fixo no site, né William? E então surgiu a ideia de fazer críticas com o olhar de alguém que não é crítico de cinema e tão pouco entendedor das firulas da sétima arte...

Então, dessa vez participei da cabine de imprensa do filme 'Jack Reacher – Sem Retorno', da Paramount, filme baseado no livro de Lee Child (que à propósito ganhei ao assinar minha folha de presença), que vendeu mais de cem milhões de cópias em todo o mundo, e que tem o já cinquentão Tom Cruise como ator principal dessa trama com uma ideologia no mundo da espionagem, mas com uma pegada mais séria e longe de parecer um Missão Impossível da vida. É também o segundo filme da franquia que teve seu início em 2012 com o filme Jack Reacher – O Último Tiro, e que trouxe para as telas a linguagem bem definida do escritor citado lá em cima.

Pois bem, antes de falar do filme eu tenho que explicar uma coisinha, eu não leio livros. Já li muito, mas hoje em dia não tenho tido muita paciência e sei que isso é um péssimo hábito, que sinceramente verei se mudo em breve. E quando vi o trailer deste filme em questão eu recebi uma dica do amigo Marcos Moreira, do site Sabre na Nós, para ler os livros da série, pois segundo ele eu me interessaria muito e gostaria de todos. E o que eu fiz??? NADA!!!! Não li nenhum livro e ao invés disso fui ver o primeiro filme da série e acabei lembrando que eu já tinha visto grande parte dele e é aí que começa o problema.

Ao ver, ou rever o filme de 2012, eu vi uma história intrigante, que prende a atenção e traz reflexões de como o filme vai se desenvolver, com reviravoltas e mudanças de linha de pensamento que conforme vai se desenrolando, vai te deixando com vontade de ver até o fim pra saber o que acontece. A diferença entre o primeiro e o segundo é que o ritmo do segundo filme cai vertiginosamente a ponto de me fazer olhar para o relógio várias vezes durante o meado da película.
“Ah Clayton, pra quem não é crítico você tá chato pra caramba hein?!?!” Não diria chato, talvez o meu erro foi ver o primeiro tão em cima do segundo e acabar com a sensação de que estragaram o filme com coisas que não deveriam estar ali.

A trama começa bem, com o mesmo tipo de mistério do primeiro filme, mesmo tipo e não o mesmo mistério, pois aqui Jack Reacher (Tom Cruise) entra em contato com uma major chamada Susan Turner (Cobie Smulders – Vingadores e How I met your Mother) e começa a se engraçar com ela e até recebe ajuda dela para resolver um probleminha no início do filme, então depois de muita conversa por telefone ele decide encontra-la pessoalmente para sei lá o que...ah vá, vocês entendem dos paranauês né. Pois bem, a base onde ela fica é na verdade a antiga base onde Reacher serviu o seu país e ao chegar lá fica sabendo que a Major agora está presa com uma acusação de espionagem nas costas. E agora?? Dou as costas e vou meter o pé pois não tenho nada com isso??? Nãaaaaaaaaao, eu sou Jack Reacher e odeio injustiça, vou ajudar a moça ora bolas... é claro!

A trama começa a se desenrolar depois que ele percebe que ela foi colocada em apuros por investigar atitudes suspeitas do exército americano no Afeganistão, onde dois de seus amigos/investigadores foram assassinados a sangue frio quando tentavam alertá-la sobre tais atitudes que provavelmente deixariam alguns poderosos em maus lençóis, caso fossem descobertos... e a situação piora muito quando Reacher entra no circuito e começa a ser seguido de perto por uma parte obscura de ex-soldados americanos que hoje estão operando à margem do governo e ele, agora junto com a Major Susan, vira alvo da fúria desses mercenários sem escrúpulos... bom enredo não? Eu também achei mais aí..........aí........merrrrmão, a situação se degringola... porque? Porque Jack Reacher agora tem um calcanhar de Aquiles e que pode complicar muito a sua situação, pois uma menina de 15 ou 16 anos, Samantha Dayton (Danika Yarosh – Shameless), no momento não lembro muito bem, aparece tentando reconhecer uma possível paternidade e traz à tona sentimentos que o nosso herói não sabia que tinha em seu coraçãozinho. Sabe o que é pior? É que o famoso e destemido ex-militar começa a ter sentimentos de pai para com a menina e a gente começa a ter o tal sentimento de... “ih já vi isso antes...” e é aí que eu quero reclamar do filme!

Entramos na parte mais maçante e chega a ser chata do filme, momentos em que olhando ao meu redor, somente os fãs dos livros estavam se divertindo de alguma forma, pois eu não. 

Eles (e quando digo eles, ponho todos no mesmo saco, o escritor e os produtores do filme bem como a sua direção) não conseguiram passar e real ideia de como seria um cara irreal, acordar para a realidade de ser humano, e enfim perceber que o andarilho sem caminho, pode hoje ter que se apegar a algo tão distante como ter responsabilidades com um filho ou filha, que é o caso aqui! E é pra mim aqui o maior erro do filme, tentar humanizar um personagem sem espaço para isso, ainda mais com a atuação de Tom Cruise no primeiro filme, claramente tentando separar sua vida do herói de missão Impossível e ele realmente consegue isso, aí vem o escritor e insere a tentativa de frear o personagem com conflitos que para o filme só tem uma justificativa, tentar dar um final com mais certeza de ação, pois o meio do filme quase cagou completamente toda história!

Entramos em um período que como eu já disse, chega a dar um pouco de sono pois o clima de tensão do tipo: “Ei não vacila não, se não a gente morre!”, vai se esvaindo e se transformando numa DR bem chatinha em que o nosso herói fica à mercê de duas mulheres, uma, super-feminista e a outra super mimada e em alguns momentos burra mesmo, que não consegue entender a gravidade de tudo aquilo que está rolando ao seu redor, mais demora...........demora a perceber que a qualquer momento vai dar “M” se ela não mudar de atitude, mais até isso acontecer, a gente passa pelo maior momento de turbulência do filme, a afirmação do laço de amizade dos três personagens, se fechando pra ganhar o jogo, pois se fosse comigo vou te contar uma coisa... duvido que ia ficar dando os moles que esse povo dá.

No último momento do filme acontece aquele tipo de enredo que se você for bem espertinho, vai perceber de longe o que está prestes a acontecer e nem mesmo o fim dos personagens te deixa com emoções a ponto de fazer você querer ver novamente o filme ou ficar feliz com o fim dele, a ponto de lembrar que esse filme pode ser completamente esquecível daqui a alguns dias... isso mesmo, sou mais o primeiro, de longe, e espero que eles entendam isso logo e parem de tentar mudar o que deu mais certo no primeiro. 

Infelizmente se você esperava palmas e fogos, lamento é apenas mais um filme descartável, e olha que fui com a mente aberta e nem quis ler o livro pra não mudar minha atitude com relação ao filme, sabe, daqueles que leem o livro e todo o resto vira estrume? Pois é, nem assim meus queridos, nem assim!!!!

Nota do filme 2,2 / 5


Bom, pra início de conversa você tem que saber algumas coisas sobre mim...

Eu sou Clayton Muniz, e tenho uma página no Facebook, chamada Tinha que Ser comigo, onde falo sobre várias coisas e gosto muito de tecnologia em geral, mas nunca, eu disse nunca, fui de ler quadrinhos, ou mangás, ou qualquer outro tipo de mídia escrita, livros etc. Na verdade para ver filmes baseados em quadrinho eu até prefiro não saber nada sobre esse ou aquele personagem, para não me decepcionar caso não chegue nem perto do que foi escrito na mídia de papel. Isso pra mim deixa o personagem meio preso e não abre espaço para novas realizações e uma nova leitura desse ou aquele personagem.

Sabendo disso eu quero te chamar pra ter a visão de uma pessoa que não conhece muito nem sobre a história e nem sobre os personagens deste novo filme da Marvel/Disney, que irá estrear no próximo mês.

Bom, chega de papo e vamos para o que interessa, o filme...

A história começa mostrando um neurocirurgião, Dr. Stephen Strange (Benedict Cumberbatch – Star Trek) que tem em sua vida, uma longa lista de várias intervenções bem sucedidas e uma preocupação enorme em ser o melhor, o mais espetacular, o cara que não tem nenhum tipo de preocupação pelo próximo, a não ser que esse próximo seja ele mesmo se olhando em um espelho (veja séries de plantão médicos do tipo Greys Anatomy e você saberá o que eu quero dizer).

Strange tem ao seu lado a talentosa e linda Christine Palmer (Rachel McAdams) como escada, seja para suas aventuras cirúrgicas e diálogos que apresentam bem a personalidade do doutorzão e também para um possível romance nunca revelado ou descrito (ou não foram nada além de "peguetes"), ou seja, já aconteceu algo mais ninguém entrega nada entre os dois.

Enfim, em seu trabalho, a arrogância e prepotência preponderante de Strange traz à tona erros clássicos de seres que se acham acima de outras pessoas e uma série de problemas após um acidente que deixa o super médico em maus lençóis. Após várias tentativas de solução, ele se vê em uma cruzada rumo ao desconhecido para resolver o que não pode ser resolvido por meios conhecidos pela ciência. E é aí que realmente começa o filme.

O doutor prepotente e sem limites, quanto à sua arrogância, tem de aprender a ser alguém melhor para poder chegar a um nível de conhecimento que levará a sua vida a um nível nunca antes por ele esperado.

A história vai se desenrolando e a ação psicodélica (sim, é isso mesmo e digo isso ao extremo, se você tem problema com cores forte e formas diferenciadas de geometria em alta escala, não veja, pois poderá ter problemas) se desenrola de forma espetacular numa mistura muito boa de “Matrix” com “A Origem” (digo isso com relação a efeitos, coreografias e som), isso tudo bem inserido dentro do enredo do filme que te faz acreditar em tudo o que está acontecendo na tela.

Após a apresentação dos personagens, que trarão uma ação muito bem definida, a história vai se desenvolvendo de forma dinâmica e com o selo da Marvel, com muitas tiradas inteligentes e quase nunca desnecessárias. Se o ritmo tendia a cair de alguma forma, a ação e o humor trazem sua mente de volta à realidade, sim isso é Marvel!


Confesso que a apresentação do vilão do filme me deixou meio preocupado que fosse algo parecido com a do filme 'Quarteto Fantástico 2' e que toda a preparação para a chegada dele se despedaçasse quando ele aparecesse finalmente, mas ainda bem que isso não aconteceu e você aceita bem toda a analogia ao juízo final que se avizinha.

Nas questões técnicas do filme, a trilha sonora não te deixa com nenhuma sensação fora do normal de um filme pipoca e não tem nenhuma parte que faça você cantarolar trechos dela em casa, por exemplo. Pra mim não grudou como outros da mesma produtora.

No quesito 3D, sincera e honestamente, não tenho feito muita questão pois, pra mim o 3D é algo pra te tirar da cadeira em cenas como o voo de algum personagem, da queda de outro, da aproximação de algum item na sua cara na tela e como meu amigo Marcos Moreira disse, o deste filme é mais para dar uma sensação de profundidade e só!

A fotografia é bem parecida com a de outros filmes da Marvel, mas o fato de ser um filme com um cunho mais em cima de imagens de locações fechadas e de uma ou outra mais ampla, a luz usada dá um brilho excelente. A luz entrega um pouco os efeitos em imagens mais abertas e abro aqui um parêntese para dizer que, embora muito boas as cenas de ação e apresentação de personagens, em alguns momentos o CGI incomoda um pouco, principalmente em imagens mais distantes onde fica nítido que aquilo que está ali, na verdade não está, mas se você não liga pra isso nem irá perceber, pois a ação que se dispõe o filme supera esses problemas.

O ritmo do filme é bom a ponto de você nem sentir o tempo passar. Quando olhar novamente o relógio o filme já vai ter acabado. O filme cumpre bem o seu papel de entreter, divertir e fazer refletir sobre algumas mensagens propostas dentro dele. Se ficasse um pouquinho mais longo estragaria com certeza essa parte!


Como eu disse no início, o fato de não saber quase nada sobre os personagens ajudará muito a você que, assim como eu, não dá a mínima para o que houve nos quadrinhos. O filme prende sua atenção e faz você literalmente pensar que tudo aquilo pode acontecer ao seu redor e você nem se dá conta, agora se você é fã de carteirinha encontrará uma série de problemas como o fato da Anciã (segundo li na internet) não fazer jus aos quadrinhos.

Quanto ao fato de uma ação de aprendizado do personagem principal no meio do filme, meio que entrega o que irá acontecer no fim. Algumas referências aos outros filmes do universo Marvel nem fariam muita diferença, a não ser mostrar que tudo que acontece ali se passa na mesma cidade onde algum tempo antes foi tudo literalmente pro saco e hoje em dia você não vê nenhum tipo de referência à desgraça que assolou a cidade, como coisas sendo reconstruídas, prédios passando por reformas e essas coisas pequenas. Talvez essas coisas não te incomode, só me incomodou pois sou chato mesmo, hehe!

Indo pro fim do filme, a ideia que resolve o problema é bem aceita, mas pensando direitinho eu ainda achei que poderia ter sido usada uma outra vertente. Mesmo assim a Marvel consegue deixar tudo bem preparado para o que virá pela frente até chegar ao gran finale dessa nova fase da Marvel nos cinemas...

E chegando até aqui digo a vocês que mais uma vez, os acertos e erros do filme com certeza não deixarão de levar muita gente ao cinema para ver este que é um dos melhores filmes de apresentação de personagem da Marvel, ganhando inclusive de todos os que já foram feitos até o momento.

Aliás, ao termino do filme, fique mais alguns instantes para as cenas pós crédito, que tanto faz uma ligação excelente com os filmes da franquia, como também apresenta a abertura para os próximos filmes do Dr. Estranho. E tome dindin no bolso da galera que entendeu como é fazer filmes de super heróis, até que a vida dentro desse círculo chamado fãs de filmes de heróis se finde um dia... que eu espero ser, ...nunca!


Nota: 3.8/5


Sem fronteiras mesmos. Seria "impossível" falar desse filme sem spoilers, mas tentarei.

Se me pedissem para falar em poucas palavras, elas seriam: "fan service total". Quem não conhece Star Trek irá conseguir entender tudo perfeitamente e pra quem conhece, e é fã, será um deleite total.

Dos pequenos detalhes até os grandes detalhes de toda trama. Com uma linguagem simplista para pessoas que não entendem termos técnicos, são poucos os diálogos que usam tais termos. Foram 2 horas de entusiasmo, humor na hora certa, drama que dá até nervoso. Confesso que cheguei a gritar - "não Enterprise, nãooooooo."


Assim como grande parte do público que não estavam de boca aberta, J.J Abrams acertou ao deixar tudo nas mãos de Justin Lin. Cada detalhe nostálgico, cada maneira de lidar com a federação, tudo muito bem conduzido. Isso sem falar no roteiro.

Assistam e tenham, se me permitem a expressão, um orgasmo cinematográfico.

Nota: 5/5



Chegou aos cinemas, no dia 18 de fevereiro, mais um filme do diretor Michael Bay, “13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi”.
O longa conta a história real do grupo de soldados que lutaram numa base secreta da CIA na Líbia, em 2012, durante o ataque a um diplomata americano. Como de costume, Bay nos entrega uma obra recheada de explosões, bandeira americana, litros de testosterona, mais explosões e clichês como o velho slow-motion entre as cenas de ação, ou a manjada foto da esposa com bebê antes do confronto final.
Apesar dos clichês, as intensas cenas de ação e de inspiradores (e reais) atos de heroísmo compensam a falta do peso dramático do filme. Talvez se Bay focasse mais na trama política, o filme fosse um pouco melhor, ou não.
O que faz você se emocionar nos momentos finais do filme, é o fato de saber que aquilo foi uma história real.

Mas eu estaria sendo injusto ao não falar das qualidades do filme: As cenas de ação. Quando a câmara não está sacudindo violentamente você pode realmente ver que Bay não é um diretor ruim. Ele sabe como criar uma sequência envolvente. Balas voam, o sangue é derramado, pedaços de corpos são arrancados. Outra vantagem é a edição de som. A qualidade do som é perfeitamente realista e faz com que a ação intensa, se torne ainda melhor. Mas eu gostaria de poder dizer que fiquei impressionado com mais coisas.
A ação pode ser excelente, mas o filme leva tanto tempo para chegar lá que torna a experiência menos intensa.
Nota Final: 2,5/5